Cura para os males da alma

Este blog foi criado com a ideia de trazer mensagens de otimismo, experiências de superação, perseverança, caridade, amor e paz. Enfim, energia positiva ou "positive vibration" (Quer saber o porquê deste nome, clique aqui). Fiquem a vontade.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Na gaveta dos conflitos

"O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões". (Prov. X, 12)

Eu não levo desaforo para casa, afirmava um homem bem conhecido por suas arengas, muitas das quais motivadas por coisas sem maior importância.

- Comigo é assim, dizia ele, não levo desaforo, sem revidar, para casa.
- É, meu filho, você não leva desaforo, mas também não leva a paz.

O homem calou-se por um instante e quis saber:

- Como seria possível viver em paz?

- A paz não é ima dádiva, mas uma colheita, fruto do comportamento de cada um.

- Em que se resume esse alegado comportamento?

- Esse comportamento salutar, resulta do respeito a limites. O respeito aos próprios limites leva ao equilíbrio do corpo. O respeito aos limites alheios, faz desaparecer os revides e, com eles esmaecem os conflitos.

- Diante da discordância ou da agressão, como proceder?

- A melhor maneira de não incendiar as vestes é o afastamento das chamas. O revide aumenta as mazelas do ódio e nada oferece de positivo e se assemelha a esmurrar o aço. Quem se afasta do agressor evita que ele venha a consumar a sua obra malfazeja. O melhor será, sempre, evitar ou afastar-se do palco dos conflitos.


O velho Bino olhando mansamente para o interlocutor concluiu:

- Quando você aprender a tolerar e “levar desaforos para casa”, com ele você levará, também, a sementeira da paz. Não te esqueça:

* o revide não poupa quem dele se vale;

* a distância e o silêncio amainam a tempestade do ódio;

* não é possível ser feliz cevando a serpente do ódio no peito.


Melhor que revidar, destruindo,
Alimentando o ódio e a dor,
É mais sábio cultivar o amor,
Servindo, amando, construindo.


Extraído do livro “Limpando Gavetas”, Esse Capelli. – Goiânia: Proluz, 2002, págs. 65 e 66.
Foto: sorayaromano.files.wordpress.com/2008/07/conflito.jpg